Constructiones in Monasterio – Gil Maia
Março / Abril 2013
” …Quanto a esta última série de trabalhos ( Constructiones in Monasterio ), parece-me óbvia a continuidade dos espaços (teatrais) acima referidos e da luz (teatral e museológica) assim como a ideia de suspensão. Para além disso posso referir que esta série sofreu uma alteração no que concerne à técnica: todos os quadros são pintados a óleo, o que implicou não só uma pesquisa de materiais para adequar ao que vinha fazendo até então em acrílico, como influenciou novos resultados pictóricos, especialmente matéricos, e novas descobertas! Para além disso julgo estar-se a desenhar um novo caminho que algumas pinturas denunciam, as quais podem ser percursoras de novas figurações e até aproximações ao real: refiro-me à natureza-morta.
Não é por acaso que evoluí em novas direcções e descobertas olhando também para os trabalhos anteriores. Percebi que necessitava dessa coerência para dar sentido não a projectos de pintura, mas a um só projecto de pintura com uma dinâmica evolutiva assente num todo que se vai construindo por partes, como os capítulos de um romance.
Nota: A partir da série Constructiones ( in Palatio, in Ecclesia, in Monasterio.. ) passei a incluir no meu processo criativo a visita a determinados monumentos do nosso património cultural, para deles extrair o que mais me seduz do ponto de vista estético e histórico. Recolho nesses espaços a matéria prima para depois a trabalhar ou recriar em atelier. Para já, e desde Constructiones in Palatio, tem sido a azulejaria o meu foco de interesse.
Nesta exposição Constructiones in Monasterio esse espaço foi o do Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra., cidade onde agora são apresentados.”
Gil Maia
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