Armando Azevedo – Milionésima Noite

Armando Azevedo – Milionésima Noite

Armando Azevedo – “Milionésima Noite”

Convite, exposição Milionésima Noite, Armando Azevedo, 25 de março 2023, as 17h00-20h-01

A Galeria Sete sente-se muito honra por apresentar  a exposição Milionésima Noite de Armando Azevedo que terá início no dia 25 de março,
sábado, pelas 17h, prolongando-se até 25 de abril de 2023. No dia da inauguração, às 18h30 acontecerá a performance “Estesia”* de Vanda Madureira.

*“Estesia é um estado…Viver em estesia é o oposto de viver em anestesia!”

Armando Azevedo

Trata-se de uma exposição comercial e de tributo Armando Azevedo (1946 – 2020), extraordinário artista, performer,  pedagogo
e ser humano, que deixou a sua marca em várias gerações de alunos.

Fica assim já esclarecido que não se trata de uma exposição de caracter abrangente da sua obra, pois essa antologia ou
retrospetiva – que cremos ser bem merecida – deverá  ser agendada e cuidada  por uma instituição artística Portuguesa
que tenha envergadura adequada para proceder a tal; sirva este nosso simples tributo para recordar Armando Azevedo
às instituições que devem fazer esse trabalho pela obra dos nossos artistas importantes.

Agradecemos este privilégio ao artista que nos deixou aberta “A Janela” ,  à sua família que disponibiliza as suas
maravilhosas vistas e também à amizade fraterna e militante de António Olaio que escreve o texto que acompanha a
exposição e a quem também devemos a captação do título, de caracter mágico e grandioso como era o próprio Armando Azevedo
que ele tão bem conheceu, e escreve as seguintes palavras para a folha de sala da exposição:

A propósito das suas janelas “La Bagarre d’Austerlitz” e “Fresh widow”, Marcel Duchamp disse que poderia ter feito muitas janelas,
como os artistas fazem os seus esboços. O que é certo é que fez só duas, provavelmente por se aperceber que, com aquelas duas,
não haveria mais a fazer.

O Armando Azevedo fez mais, mais até do que as que aqui vemos. E, mesmo, nesta exposição, muitas mais janelas do que as
obras expostas, porque cada obra tem várias, por vezes muitas janelas.

Pode ter até um número indeterminado de janelas como em “A milionésima noite” onde a moldura (que é ao mesmo tempo
representação de uma moldura) enquadra uma parte do que poderá ser um número infinito de janelas, janelas que continuam para
além do enquadramento, que não deixarão de existir pelo mero facto de não as vermos. E, em cada vidro, por sua vez, abrem-se janelas
dentro de janelas, dentro de janelas…

Os elementos figurados são os mais recorrentes nos desenhos a esferográfica do Armando: os piões, as nuvens, as árvores, as bolas de
sabão,… desenhos que se repetem, sublinhando a diferença de cada nova geometria conceptual que cada trabalho, cada janela introduz.

Escolhemos “milionésima noite” para dar o título a esta exposição. Uma janela para a penúltima história das mil e uma noites.

Nunca saberemos qual seria a milionésima primeira história, porque o Armando Azevedo já não está entre nós para a contar. Quando muito
talvez ele ainda a possa contar à noite…”

António Olaio

 

Catálogo da exposição: https://issuu.com/galeriasete/docs/catalogo_milionesima_noite_de_armando_azevedo

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