“[ IN BETWEEN ]” – Susana Chasse

“[ IN BETWEEN ]” – Susana Chasse

Convite- In Between - Susana Chasse

A Galeria SETE apresenta a exposição “[ In Betwwen ]de Susana Chasse, que terá início a 11 de Dezembro de 2020,
sexta-feira pelas 15h, e prolonga-se até ao dia 22 de Janeiro de 2021. Esta exposição decorrerá no piso -1 da galeria,
em simultâneo com a “ARTE DE BOLSO – 9ª edição” no piso 0.

[ IN BETWEEN ]

” Prelúdio. Devaneio em forma de contágio afectivo como abraço visual. Obras que se manifestam na sua percepção causal
como variações para outra conjuntura ainda longe do que surgirá ou porventura um seu prosseguimento…pensa-se tudo
como livre. Espelho de vida onde tudo é possível.

[ Impossible is Nothing ]

Prenúncio de um estar estabelecido que não sabe quando a entidade prescreve. Uma etapa inaugural para a resolução de algo
que não profetiza desenlace. Concepção de um espaço-tempo distinto, um fenómeno emergente que existe como efeito colateral
do emaranhamento, efeito-incorporador do tempo. Visão relacional ou processual do Universo. Momentum entre realidades.
Presente metamórfico em íntima expansão que abre o Portal para o futuro sensível, subtil. Todo o poder da vulnerabilidade aqui […] *

* Susana Chasse _ 2020

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[ In Between ] – Será um texto sobre a pintura?

Susana Chasse pinta e escreve, ou seja, manifesta-se enquanto autora, em momentos em que não se sente dominada por emoções,
quando desliga de um sentir próprio e conecta reflexivamente com um todo concebido na mais profunda liberdade.

A duração e a intensidade de trabalho são ditados pelo fluxo em “estar sendo” e não impostos pelo ritmo biológico ou outro.  Há um
máximo de perceção construída nesse fluxo por uma sucessão de aprofundamentos, uma repetição encadeada de vislumbres,
por força do tempo necessário para fazer pintura.

Assim, se quiséssemos ver o que a autora escreve a acompanhar as suas exposições, como sendo sobre a sua obra plástica, teríamos
que o ver como uma dupla tradução (com as consequentes perdas inerentes à tradução): uma tradução em que artista fala do
seu processo experimentado internamente; outra, em que nesse tempo, o fazer pintura trouxe do seu interior para essa linguagem.

Se realmente insistíssemos ver o texto como alusivo à pintura que nos é apresentada teríamos ainda que falar de uma terceira tradução,
posterior, entre o visível e a palavra da escrita…mas aí, consciente das perdas e desvirtuamentos da tradução, a artista, na verdade,
não fala do que fica visível, talvez porque tenha consciência da enorme distância a que já estaria de si.

A criatura não é pertença definitiva da criadora e é deixada livre, coerentemente com a noção clara que esta tem da impermanência,
de estar consciente que tudo está em aberto. E porquê truncar a criatura com o modo como “estava sendo” a criadora quando
exerceu a sua criação? – nesse sentido, a escrita da artista plástica tem um caracter de heteronomia, não é sobre o que pinta,
decorre em paralelo sem deixar de constituir uma unidade.

A autora exerce a escrita do mesmo modo visceral que exerce a pintura e sente no que faz uma analogia com o atual estado inquietante
do mundo (este, onde a sua criatura viverá)…e é talvez isso que lhe torna desnecessária a  tentativa da terceira
tradução (escrever realmente sobre a sua pintura), pois substituí-a pela confiança que o espectador tenha percepção
dessa analogia ao ver a pintura; ainda assim, estabelece umas guias, por exemplo, na escolha dos títulos das exposições ou de algumas obras.”

Ver catálogo online: https://issuu.com/galeriasete/docs/susana_chasse_-_in_between

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