José Pedro Croft estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa
entre 1976 e 1981, e Escultura, sob orientação de João Cutileiro, em 1978/79.
Expõe regularmente desde 1981, tendo realizado a sua primeira exposição individual em 1983,
na Galeria do Diário de Notícias. A formação com Cutileiro irá ser determinante no
desenvolvimento do seu trabalho. Logo nos primeiros anos de atividade, a ausência e a
presença da morte aparecem com referências ao túmulo, arquétipo que se manterá ao
longo do seu trabalho. É ainda nessa época que desenvolve conjuntos de esculturas em pedra a partir de desperdícios industriais.
Em 1981 participa no Simpósio de Escultura em Évora, no âmbito do qual realiza a sua
primeira obra de exterior; esta será determinante para o entendimento da complexidade
da escultura pública, que realiza até ao presente.
A partir de 1988 aparecem as primeiras esculturas em bronze e ferro fundido, tendo a pedra
deixado de ser o material preferencial, passando a trabalhar a partir de construções,
utilizando objetos pré-existentes desfuncionalizados, que recontextualiza.
Em 1986 começa a trabalhar com a Galeria EMI – Valentim de Carvalho, que o levará a expor
pela primeira vez em Espanha, na Suíça e na Bélgica. Em 1987 participa na Bienal de São Paulo;
a partir daí, irá expor regularmente no Brasil, em galerias e museus. Em 1991 inicia o trabalho
de gravador, que, em paralelo com o desenho, virá a ter a mesma importância que a escultura.
Técnicas diferentes, pelas quais a sua obra vai transitando sem hierarquias. Cria obras de grandes
dimensões em que a escala do corpo e as relações arquitetónicas estão sempre presentes.
O Centro Cultural de Belém organiza uma exposição do seu trabalho de 1979 a 2002, com o título “retrospectiva”.
Em 2007 realiza a exposição Paisagem Interior no Átrio do Museu da Fundação
Calouste Gulbenkian, por ocasião dos 50 anos da Fundação. Mais recentemente, em 2009,
expõe na Galeria Filomena Soares, galeria que atualmente o representa em Portugal.
Em 2012, apresentou na galeria Appleton Square Dois Desenhos, uma Escultura e em Espanha,
Proceso estacionario, na Galería Helga de Alvear, Madrid. Já em 2013: Tres Puntos no alineados,
Sala Palexco, Corunha, e Acotaciones al vacío, na Galeria Proyecto Paralelo, Cidade do México.
João Silvério (Gulbenkian)