Joaquim Bravo

SOBRE:

Joaquim Bravo, pintor português nascido a 7 de dezembro de 1935, em Évora. Frequentou o Liceu Garcia de Resende a partir de 1946. Aqui conheceu Álvaro Lapa, Apeles Espanca e António Gancho, que se haveriam de tornar seus amigos. Foi aluno de Vitorino Nemésio, que o influenciou muito na sua vida a nível intelectual.
Em 1957, Bravo muda-se para Lisboa, com o objetivo de frequentar o curso de Filologia Germânica, que acaba por nunca concluir. Entretanto, frequenta a tertúlia do Café Gelo, onde contacta com alguns artistas seus contemporâneos. Em 1962, vive entre Lisboa e Évora, e é neste período que começa a pintar de modo sistemático. As suas primeiras pinturas demonstram uma influência do expressionismo abstrato americano dos anos de 1950. Mais tarde, destruirá muitas destas obras. No mesmo ano, conhece Palolo e, no ano seguinte, torna-se também amigo de António Areal.
Em 1964, parte para a Alemanha, onde ficará durante dois anos. Toma aqui contacto com a abstração geométrica, que muito o entusiasma. De regresso a Portugal, muda-se para Lagos, onde estabelece um projeto de trabalho coletivo com Palolo e Álvaro Lapa, que não seguirá em frente. Em 1967, torna-se professor do ensino secundário, profissão que nunca abandonará, por razões económicas.
Toda a sua obra se desenvolve a partir de um processo de trabalho sistemático, de procura de uma forma que pode, ou não, concretizar-se em pintura ou escultura. A ilha, a montanha, a tartaruga, o pato, a fonte, a lâmpada, como a que surge no último quadro que pintou, são algumas dessas formas. E, através delas, é também a história da arte que Bravo revisita, acrescentando o seu sinal a cada temática, a cada género.
Em 1989, pede uma bolsa à Gulbenkian, com o fim de poder deixar o ensino e dedicar-se inteiramente à pintura e a alguns projetos de escultura. Contudo, a resposta tarda. Joaquim Bravo morre no ano seguinte, a 18 de junho, de doença prolongada.

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