António Costa Pinheiro (1932) foi o mais novo artista a ser fotografado por Lemos, não tendo na altura mais de vinte anos,
nem ainda um percurso artístico que chamasse sobre si uma particular atenção.
De facto Costa Pinheiro, depois da formação na Escola António Arroio, trabalhava ainda em ateliers de artes gráficas e
arquitectura quando Lemos o fotografou, e só em 1956 faria a sua primeira exposição individual na Galeria Pórtico
Seria no entanto durante essa década de 50 que se viriam a verificar as grandes transformações na sua carreira quando em
1957 parte para Munique com Lourdes Castro, Réne Bertholo e Gonçalo Duarte e mais tarde colabora na revista KWY (1958-1963)
que, em Paris, entretanto os seus companheiros tinham criado.
Lemos captou nesta imagem a irreverência de um jovem que passaria no início dos anos sessenta pelas prisões da polícia
política portuguesa, e que faria da Alemanha o seu país de exílio voluntário.
JO – Centro de Arte Moderna Gulbenkian