Ângelo de Sousa

SOBRE
Ângelo de Sousa nasceu em Maputo, Moçambique, em 1938, e faleceu no Porto em 2011. Entre 1955 e 1962 estudou pintura na Escola Superior
de Belas Artes do Porto, e de 1962 a 2000, ano em que se jubilou como professor catedrático, lecionou na mesma escola. Em 1964 foi
cofundador da Cooperativa Árvore, Porto. Entre 1967 e 1968 frequentou, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e do British Council,
a St. Martin’s School of Art e a Slade School of Fine Art, em Londres.
Em 1968 fundou, com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues o grupo Os Quatro Vintes (assim chamado porque todos acabaram
a licenciatura com a pontuação máxima de 20), que se manteve ativo até 1972. Iniciando a sua prática artística pela pintura, ao longo da
sua carreira foi incorporando outros meios como a escultura, o desenho, o filme ou a fotografia, através de uma aproximação sempre
experimental e marcada por constantes abandonos e retornos, tanto às técnicas como aos temas que explorou. Há contudo, características
que se mantiveram constantes ao longo de toda a sua obra: o não uso da figuração; a economia de meios e formas; ou o uso de séries como
meio de experimentação de variações sobre um mesmo tema ou ideia inicial, como acontece com as suas esculturas de chapas metálicas
ou de placas de metal dobradas e pintadas. Expôs individualmente pela primeira vez em 1959 (juntamente com Almada Negreiros), e
desde então participou em inúmeras exposições individuais e coletivas, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Destaca-se a sua participação na 13ª Bienal de São Paulo, em 1975, onde recebeu um prémio internacional, e na Bienal de Veneza em 1978.
Em 2001 o Museu de Serralves apresentou uma exposição antológica da sua obra (a primeira teve lugar também em Serralves, em 1993),
onde pela primeira vez foram reunidos e apresentados os seus trabalhos experimentais nas áreas da fotografia e cinema, e em 2003 o
Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian realizou uma mostra antológica do seu trabalho em desenho. Em 2008,
com Eduardo Souto Moura representou Portugal na 11ª Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza.
Para além da escultura pública realizada para o 3º Simpósio Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, em 1996,
destaca-se, no âmbito da arte pública, a obra que realizou para o átrio adjacente ao edifício San José, na Avenida da Boavista, Porto, em 2006.
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